sábado, 23 de março de 2013

Estou de volta (pro meu aconcheeeego...)

Muito tempo se passou sem escrever aqui até que hoje deu vontade de, sei lá, postar alguma coisa. Como inicialmente fiz esse blog pra mim, como um diário pra me manter sã, quero escrever como estou me sentindo no momento. Como se estivesse extravasando sentimentos, to let off steam como dizem em inglês. Deixar a mente vagar (no bom sentido).

Nesses últimos quase quatro anos, tenho vivido às voltas com a depressão e a obesidade. Quando leio posts antigos, quase dou risada quando vejo que me preocupava em estar pesando 54,5 kg. Eu era feliz e não sabia. Atualmente passei da casa dos 70 kg, a calça nº 46 quase não serve mais, e eu não tenho a mínima disposição para entrar de cabeça em uma (muito necessária) dieta. Enquanto isso, mudo de remédios mas nenhum deles parece ter efeito para tratar a depressão, que é agravada pela solidão, rotina de muito trabalho em um emprego que não gosto e incapacidade de encontrar prazer em coisas que antes me satisfaziam.

Nesses dias de fossa, eis que na última quinta-feira eu tive um lampejo, me senti instantaneamente bem sem um motivo específico, me fazendo lembrar da época em que eu estava bem. Isso foi digno de nota principalmente por ter ocorrido em um dia útil, pois é claro que durante as férias temos tempo para fazer o que gostamos e, portanto, estamos mais propensos a ter dias inesquecíveis. O dia começou com uma interessante palestra sobre qualidade da vida. Depois fui trabalhar e o trabalho fluiu bem, consegui produzir bastante. No almoço, comi pela primeira vez em uma padaria "metida a besta" no centro, à frente da qual costumava passar mas onde nunca havia entrado. Pedi o prato do dia, meia porção, simples mas deliciosa: panqueca de frango com catupiry com um saboroso molho de tomate, arroz branco e salada de alface, mais suco de laranja. Custou os olhos da cara (para minha renda e pela quantidade): R$ 17,10, mas valeu a pena. Chegando em casa, assisti o primeiro filme que vi na TV (não costumo assistir filmes durante a semana, pois é sempre muito corrido), chamado "Tudo o que Reluz", um filme francês leve e esquecível, mas o que valeu mesmo foi o descanso, abstrair o pensamento e simplesmente relaxar.

Enfim, um dia simples, curtido solita, mas memorável pelo meu estado de espírito positivo. Se eu conseguisse replicá-lo indefinidamente, talvez conseguisse uma recuperação estável e duradoura. Infelizmente, não é tão simples assim.